Imagens Geradas por IA: OpenAI e o Studio Ghibli

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Apenas um dia após o lançamento do novo gerador de imagens do ChatGPT, a nova onde de imagens geradas por IA nas redes sociais já estão repletas de memes no estilo do renomado estúdio de animação japonês Studio Ghibli, famoso por sucessos como Meu Amigo Totoro e A Viagem de Chihiro.

A Explosão de Imagens geradas por IA no Estilo Ghibli

Nas últimas 24 horas, diversas imagens geradas por IA começaram a circular na internet, mostrando versões inspiradas no Studio Ghibli de Elon Musk, O Senhor dos Anéis e até do ex-presidente Donald. O próprio CEO da OpenAI, Sam Altman, aparentemente alterou sua foto de perfil para uma imagem nesse estilo, supostamente criada com o gerador de imagens nativo do GPT-4o.

Usuários também estão fazendo upload de fotos existentes no ChatGPT e solicitando ao chatbot que as recrie em diferentes estilos, expandindo ainda mais a tendência.

OpenAI vs. Google: A Disputa Pela Melhor Geração de Imagens feitas por IA

A novidade da OpenAI surge logo após o lançamento de um recurso similar pelo Google, que introduziu a capacidade de geração de imagens geradas por IA Studio Ghibli em seu modelo Gemini Flash. Em março, a ferramenta do Google também viralizou ao permitir que usuários removessem marcas d’água de imagens.

Com esses avanços, tanto OpenAI quanto Google estão tornando cada vez mais fácil recriar estilos de obras protegidas por direitos autorais apenas digitando um prompt de texto. Isso levanta uma questão crítica: esses modelos de IA estão sendo treinados com conteúdo protegido por copyright? E, caso estejam, isso infringe a legislação de direitos autorais?

Questões Legais: Imagens Geradas por IA e Direitos Autorais

Essa é uma das dúvidas centrais de processos judiciais em andamento contra desenvolvedores de modelos de IA generativa Studio Ghibli. Segundo Evan Brown, advogado especializado em propriedade intelectual do escritório Neal & McDevitt, produtos como o gerador de imagens do GPT-4o operam atualmente em uma área legal incerta.

De acordo com Brown, o estilo visual, por si só, não é explicitamente protegido por direitos autorais. Isso significa que a OpenAI não estaria violando a lei apenas por criar imagens que se assemelham às animações do Studio Ghibli.

No entanto, ele argumenta que é possível que a OpenAI tenha treinado seus modelos usando milhões de frames retirados dos filmes do estúdio. A utilização dessas obras no treinamento se enquadra no conceito de “uso justo” da lei de direitos autorais? Atualmente, diversos tribunais ainda estão analisando essa questão.

A Disputa Judicial Entre Empresas e Criadores

Empresas como The New York Times e outros grandes grupos editoriais processaram a OpenAI, dizendo que a empresa utilizou conteúdo protegido por copyright sem permissão ou pagamento. Processos semelhantes também foram movidos contra outras gigantes da IA, incluindo Meta e Midjourney.

Em resposta ao TechCrunch, a OpenAI afirmou que o gerador não permite replicar o estilo de artistas vivos, mas autoriza a reprodução de “estilos de estúdio” de forma mais am

pla. No entanto, vale lembrar que Hayao Miyazaki, cofundador do Studio Ghibli, é um artista vivo e amplamente reconhecido por definir a identidade visual do estúdio.

Além disso, usuários também relataram que o GPT-4o foi capaz de recriar outros estilos artísticos famosos. Exemplos incluem um retrato do investidor Marc Andreessen no estilo do escritor e ilustrador Dr. Seuss, assim como fotos de casamento transformadas no estilo Pixar.

Testes e Precisão das Imagens por IA

Para avaliar a capacidade de reproduzir o estilo do Studio Ghibli, testamos vários geradores de imagem por IA, incluindo:

  1. Google Gemini
  2. xAI’s Grok
  3. Playground.ai

Os testes mostraram que o gerador da OpenAI produziu as imagens mais fiéis ao estilo do Studio Ghibli em comparação com os concorrentes.

Alta Demanda e Impacto no Mercado

Com essa nova onda de imagens geradas por IA, a procura por essas ferramentas cresceu rapidamente. A OpenAI precisou adiar a disponibilização do seu novo gerador de imagens para usuários da versão gratuita, citando excesso de demanda.

Se, para as empresas, o principal objetivo agora é impulsionar essas ferramentas, para o setor jurídico, a maior preocupação é se as imagens geradas respeita os direi

tos. A resposta definitiva, no entanto, dependerá das decisões dos tribunais nos próximos meses.

 

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